O terceiro filho do pequeno fazendeiro José Ferreira da Silva e de sua mulher Maria Lopes recebeu o nome de Virgulino Ferreira da Silva e iria inscrevê-lo a ferro e fogo na história do Nordeste e do Brasil. Antes disso, porém, teve uma infância e uma adolescência comum a todos os meninos de uma baixa classe média sertaneja: aprendeu a ler e a escrever, mas logo foi ajudar o pai, pastoreando seu gado.
Em fins de 1930 ou começo de 1931, escondido na fazenda de um coiteiro - nome dado a quem acolhia os cangaceiros - conheceu Maria Déia Nenén, a mulher de um sapateiro, que se apaixonou por ele e com ele fugiu, ingressando no bando. A mulher de Lampião ficou conhecida como Maria Bonita e, a partir daí, várias outras mulheres se integraram ao bando.
Afinal, o bando foi cercado na fazenda de Angicos, no atual município de Poço Redondo, em Sergipe, onde estavam acampados. Foram pegos de surpresa e muitos não conseguiram escapar. Entre eles Lampião e Maria Bonita. Os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças ficaram expostas no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, até 1968.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião
Museu do Sertão
Como podemos ver na imagem acima, temos o Museu do Cangaço ou Sertão, localizado na pequena cidade de piranhas, onde tivermos acesso e olhamos os acessorios e instrumentos usados por Lampião, seu bando e os povos antigos, ele tambem informa sobre as historias de Lampião com o seu bando, mas no entanto não é permitido fotografar na parte interna do Museu
Museu Arqueológico de Xingó - MAX
Descoberto em 1991, o Cemitério do Justino, com 188 esqueletos humanos com seus adornos e pertences usados em vida, foi o primeiro grande vestígio pré-histórico encontrado na região do baixo São Francisco, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Era o primeiro sinal de que havia ali um verdadeiro tesouro arqueológico, que hoje compõe o acervo do Museu de Arqueologia de Xingó-MAX, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Quando a pesquisadora Cleonice Vergner e sua equipe realizavam um trabalho de salvamento arqueológico solicitado à universidade pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em 1988, ela não imaginava que encontraria tantos vestígios da pré-história brasileira anos depois. A pesquisa começou na região que seria alagada pela represa da hidrelétrica de Xingó, e depois prosseguiu por todas as áreas não alagadas.
A Hidrelétrica de Xingó
O aproveitamento hidrelétrico de Xingó está localizado entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 km do município de Piranhas/AL e a 6 km do município de Canindé do São Francisco/SE.
A Usina de Xingó está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 609.386 km2 , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km2, com extensão de 3.200 km, desde sua nascente na Serra da Canastra em Minas Gerais, até sua foz em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.
Compreendem o represamento de Xingó as seguintes estruturas: barragem de enrocamento com face de concreto a montante com cerca de 140 m de altura máxima; na margem esquerda (AL) situa-se o vertedouro de superfície do tipo encosta com duas calhas e 12 comportas do tipo segmento com capacidade de descarga de 33.000 m3/s; na margem direita (SE) estão localizados os muros, tomada d’água, condutos forçados expostos, casa de força do tipo semi-abrigada, canal de restituição e diques de seção mista terra-enrocamento, totalizando o comprimento da crista em 3.623,00 m. A usina geradora é composta por 6 unidades com 527.000 kW de potência nominal unitária, totalizando 3.162.000 kW de potência instalada, havendo previsão para mais quatro unidades idênticas numa segunda etapa.
A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 18 transformadores monofásicos de 185 MVA cada um que elevam a tensão de 18 kV para 500 kV.
domingo, 29 de agosto de 2010
Por dentro da Usina de Paulo Afonso
A água, como ela cai de certa altura, ela é denominada de energia potencial. A água que desce pelos dutos que ficam do lado de fora da usina transforma a energia potencial em cinética, a cinética passa por uma turbina (Como podemos ver acima) onde ela sofre a transformação para energia mecânica e logo depois ativa um gerador que transforma essa energia em elétrica. A energia elétrica é mandada para transformadores (Acima) onde sua voltagem é aumentada, depois desse esquema ela vai para as subestações presentes geralmente nas cidades onde é convertida e levada para os transformadores dos postes e finalmente enviada para as casas.
Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso(PA I, PA II, PA III, PA IV e Apolônio Sales (Moxotó)
A construção do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso no início da década de 50 foi um marco para a Engenharia Brasileira, visto que foi necessário controlar e reverter o fluxo do Rio São Francisco, numa obra de Engenharia sem tamanho para aquela época, para então iniciar-se o processo de construção da barragem pra primeira usina (Paulo Afonso I).
O Touro e a Sucuri
A cachoeira de Paulo Afonso
Usina de Angiquinho
Quarenta e dois anos mais tarde, em 3 de outubro de 1945, no final de seu primeiro governo, Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei 8.031 criando a Companhia Hidroelétrica do São Francisco. O objetivo da nova empresa era a geração e distribuição de eletricidade no Nordeste, com o propósito de viabilizar o desenvolvimento econômico da região.
Depois da queda de Getúlio, o projeto permaneceu parado durante mais de dois anos. Apenas no terceiro ano do Governo Dutra, em 15 de março de 1948, a Chesf ganhou vida, tendo início o projeto da Usina de Paulo Afonso.
No último ano do Governo Dutra tiveram início as obras da barragem e da casa de máquinas. As obras prosseguiram por todo segundo período de governo de Vargas e poucos meses depois de sua morte, em 1º de dezembro de 1954, ainda durante o período de governo para o qual Getúlio havia sido eleito, entraram em funcionamento os dois primeiros geradores da Usina, abastecendo Recife e Salvador. Menos de um ano mais tarde entrava em operação o terceiro gerador.
A Chesf conta ainda com usinas termo elétricas que geram 432 000 kW, além de unidades de produção energia eólica. É a companhia que detém o maior parque de geração de eletricidade do País.
A 1º Hidrelétrica de Paulo Afonso
Em 15 de janeiro de 1955 foi inaugurada no Rio São Francisco, na Bahia, a Usina de Paulo Afonso, pelo então Presidente da República, João Café Filho.
A construção da hidroelétrica deu-se principalmente durante o segundo governo de Getúlio Vargas e representou uma verdadeira revolução na infra-estrutura do Nordeste. Até a inauguração de Paulo Afonso a energia elétrica fornecida a região era gerada por usinas termoelétricas.
Mas coube ao visionário industrial Delmiro Gouveia, a construção da primeira unidade de geração de eletricidade em Paulo Afonso: a pequena Usina Angiquinho. Ela fora criada em 1913, com o objetivo de alimentar a famosa Fábrica da Pedra, uma indústria têxtil criada por Delmiro em Alagoas, bem como de prover de iluminação pública a vila operária por ele instalada na localidade de Pedras, Alagoas, 24 km distante da Usina. Delmiro Gouveia adquirira os equipamentos na Europa e o projeto e montagem da usina coube a engenheiros estrangeiros.